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Servidores Cobram Ação Enérgica do Sindicato para Resolver Impasse dos Salários Atrasados
A crise envolvendo os salários atrasados dos servidores públicos de São Rafael, RN, permanece sem solução, agravando a insatisfação entre os trabalhadores. O bloqueio judicial de R$ 600.474,68, ocorrido no final de 2024, segue sem definição, enquanto o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Rafael (SINDSEP) enfrenta pressões crescentes para adotar uma postura mais firme diante da nova gestão municipal.
De acordo com o SINDSEP, a presidência tem buscado respostas oficiais da administração do prefeito Canindé da Farmácia, enviando ofícios e tentando contato com secretários municipais. No entanto, até o momento, não houve retorno formal sobre a disponibilidade dos recursos bloqueados.
Apesar dos esforços, a abordagem do sindicato tem sido alvo de críticas de parte dos servidores. Eles questionam a decisão de aguardar respostas administrativas em vez de acionar diretamente o Judiciário, responsável pelo bloqueio e pela possível liberação dos valores.
“Por que o sindicato ainda não solicitou uma certidão judicial para esclarecer a situação dos recursos? Sabemos que o dinheiro foi bloqueado em caráter liminar, mas apenas a Justiça pode confirmar se os valores estão disponíveis ou ainda retidos”, comentou um servidor que preferiu manter o anonimato.
A presidente do SINDSEP, Francisca Cunha, enfrenta comparações com sua atuação na gestão anterior. “Antes, ela não hesitava em recorrer à Justiça para cobrar salários atrasados. Agora, parece estar esperando por um acordo administrativo, algo que nunca foi sua estratégia”, criticou outro servidor.
Entenda o Caso
A crise começou em dezembro de 2024, quando uma decisão judicial determinou o bloqueio de R$ 901.820,80 das contas da prefeitura para quitar salários atrasados. Contudo, apenas R$ 192.529,61 foram localizados inicialmente, permanecendo bloqueados judicialmente.
Na gestão anterior, liderada por Reno Marinho, a prefeitura conseguiu uma reversão parcial do bloqueio, mas problemas no sistema SISBAJUD impediram a liberação dos valores. Um novo repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no valor de R$ 407.945,07, ocorreu em 30 de dezembro, elevando o total bloqueado para R$ 600.474,68.
Com a mudança de gestão, o SINDSEP tenta obter clareza sobre a situação dos recursos, enquanto os servidores aguardam ansiosamente pelo pagamento dos salários em atraso. Na última sexta-feira (10), o município recebeu mais R$ 473.734,75 de repasse do FPM, mas não há informações concretas sobre a utilização desse recurso.
O Impasse
Enquanto o sindicato defende o diálogo e a busca por informações oficiais, parte dos servidores pressiona por ações judiciais imediatas. A presidente Francisca Cunha agora se encontra em um dilema: manter o tom conciliador ou retomar a postura combativa que marcou sua gestão anterior.
A urgência de uma solução é evidente. Tanto a administração municipal quanto o sindicato precisam agir para assegurar o pagamento dos servidores e restaurar a confiança na gestão pública e na representatividade sindical. A continuidade desse impasse não só penaliza os trabalhadores, mas também compromete a credibilidade das instituições envolvidas.
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