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RN só tem apenas três municípios com estrutura hospitalar para comportar casos graves da Covid-19

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O Rio Grande do Norte tem apenas três municípios com estrutura hospitalar para comportar casos graves da Covid-19.

Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), somente as cidades de Natal, Mossoró e Pau dos Ferros têm disponibilidade para atender os casos clínicos que requerem cuidados mais complexos.
A pesquisa da Fiocruz, que foi publicada este mês, analisou as redes hospitalares de todos os município brasileiros. O estudo tem como base o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, com dados de fevereiro de 2020.

Os pesquisadores verificaram a disponibilidade para uso de respiradores mecânicos, monitores cardíacos, desfibriladores, bombas de infusão e tomógrafos, além de leitos de UTI.

Como os dados analisados são de fevereiro deste ano, as recentes aquisições de materiais hospitalares feitas pelo Governo do Rio Grande do Norte e por municípios potiguares não foram computadas para a pesquisa.

Em todo o Brasil, segundo a Fiocruz, foram identificados 421 municípios, em 26 estados e no Distrito Federal, com capacidade estrutural inicial para o atendimento hospitalar de pacientes com Covid-19 grave.

Somente o estado do Amapá não registrou nenhum município na lista. Já os estados do Amazonas, Roraima, Sergipe possuem apenas um município listado.

O estudo diz, ainda, que as medidas para minimizar a circulação de pessoas – as ações de isolamento social – seguem como a principal ferramenta para diminuir os níveis de transmissão da Covid-19 e evitar colapso do sistema de saúde.

Além disso, os pesquisadores alertam para a interiorização da pandemia. O avanço do vírus em cidades pequenas vai obrigar o Poder Público a criar novos arranjos de atendimento, além da necessidade de geração de capacidade da prestação de cuidados em condições mais adversas.

Segundo o secretário adjunto da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, médico Petrônio Spinelli, disse no último sábado (25) que considera o momento da rede hospitalar como “delicado”. Segundo ele, os pacientes graves com a doença já ocupavam 41,5% dos leitos disponíveis.

Atualmente no sistema de gerenciamento de leitos para Covid-19 no Rio Grande do Norte, há 59 unidades cadastradas, dentre hospitais públicos e privados e Unidades de Pronto Atendimento, as quais totalizam 518 leitos.

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