Saúde
RN é o estado do Nordeste com a maior taxa de câncer de mama
O mês de outubro que pinta o calendário de rosa, cor símbolo da campanha de combate ao câncer de mama, chegou com dados desanimadores para o Rio Grande do Norte.
Segundo dados estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) para 2022, o estado tem a maior taxa bruta de incidência da doença região do Nordeste, com 61,85 casos para cada 100 mil mulheres, seguido pelo Ceará (53,35), Paraíba (52,93) e Pernambuco (47,86).
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A nível nacional, o câncer de mama é também o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste, quando desconsiderados os tumores de pele e não melanoma. O sinal de alerta começa a soar mais alto quanto mais as mulheres se aproximam dos 50 anos de idade.
Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com a paciente as opções de tratamento. Nesse momento, é importante pesar os benefícios de cada opção terapêutica contra os possíveis riscos e efeitos colaterais. Existem vários tipos de tratamentos para o câncer de mama que dependem do tipo e do estágio da doença.
Tratamentos locais. A terapia local visa tratar um tumor localmente, sem afetar o resto do corpo. Os tipos de terapia local utilizados para o câncer de mama incluem:
- Cirurgia
- Radioterapia.
Tratamentos sistêmicos. A terapia sistêmica se refere ao uso de medicamentos que podem ser administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea para atingir as células cancerígenas em qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de câncer de mama, diferentes tipos de tratamentos sistêmicos podem seu usados, incluindo:
- Quimioterapia.
- Hormonioterapia.
- Terapia alvo.
- Imunoterapia.
Os esquemas de tratamento típicos estão baseados no tipo de câncer de mama, estadiamento e em situações especiais:
- Câncer de mama por estágio.
- Câncer de mama triplo-negativo.
- Câncer de mama inflamatório.
- Câncer de mama durante a gravidez.
Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como cirurgião, oncologista, radiooncologista e cirurgião plástico. Mas, muitos outros poderão estar envolvidos durante o tratamento, como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos.
É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente.
Tomando decisões sobre o tratamento. Discuta sempre todas as opções de tratamento para seu caso, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às suas necessidades.
Pensando em participar de um estudo clínico. Em alguns casos, pode ser a única maneira para ter acesso a novos tratamentos. Ainda assim, estudos clínicos podem não ser adequados para todas as pacientes. Se você quiser saber mais sobre os estudos clínicos que podem ser adequados para você, converse com seu médico.
Considerando métodos complementares e alternativos. Esses métodos podem incluir vitaminas, ervas e dietas especiais, ou outros métodos, como acupuntura ou massagem. Os métodos complementares se referem a tratamentos usados junto com seu atendimento médico regular. E os tratamentos alternativos são usados em vez do tratamento médico. Embora alguns destes métodos possam ser úteis para aliviar os sintomas ou ajudar você a se sentir melhor, muitos não foram comprovados cientificamente e não são recomendados. Converse com seu médico antes de iniciar qualquer terapia alternativa.
Escolhendo interromper o tratamento. Para algumas pacientes, quando os tratamentos não estão mais controlando o câncer, pode ser hora de pesar os benefícios e riscos de continuar a tentar novos tratamentos. Se você continuar (ou não) o tratamento, ainda há coisas que você pode fazer para ajudar a manter ou melhorar a sua qualidade de vida. Algumas mulheres, especialmente se a doença está avançada, podem não querer receber mais tratamentos. Existem muitas razões pelas quais você pode decidir querer interromper o tratamento, mas é importante conversar com seu médico antes de tomar essa decisão. Lembre-se de que mesmo se você optar por não tratar o câncer, você ainda pode receber cuidados de suporte para tratar e controlar a dor ou outros sintomas.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 18/09/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Com informações da Tribuna do Norte