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Prefeitura e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais trocam acusações sobre crise financeira em São Rafael
A crise financeira que atinge o município de São Rafael, RN, tem gerado polêmica entre a Prefeitura Municipal e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSEP). Ambas as partes divulgaram notas públicas apresentando suas versões para o problema, o que resultou em uma troca de acusações.
Posição da Prefeitura
Em nota de esclarecimento, a Prefeitura afirmou que o bloqueio das contas bancárias do município, decorrente de uma ação judicial movida pelo SINDSEP, teria impossibilitado o pagamento de médicos que prestam serviços à população. Segundo o Executivo, o bloqueio judicial motivou a busca de uma liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi concedida, mas cuja liberação dos recursos demandaria um prazo adicional para ser efetivada.
A gestão municipal garantiu que está em contato com os profissionais médicos e destacou seus esforços para regularizar os pagamentos. A nota reforçou o compromisso com os servidores da saúde e a população em geral, apontando que a situação seria resolvida o mais rápido possível.
Resposta do Sindicato
O SINDSEP, por sua vez, emitiu uma nota repudiando as declarações da Prefeitura. O sindicato acusou o Executivo Municipal de má gestão financeira, afirmando que recursos vinculados ao FUNDEB e destinados ao pagamento de salários foram utilizados para quitar dívidas com fornecedores, prática que, segundo o sindicato, violaria a legislação.
A entidade sindical ressaltou que o bloqueio judicial foi solicitado para garantir o pagamento de salários atrasados, incluindo o 13º salário, e classificou a postura da Prefeitura como uma tentativa de manipular a opinião pública. O SINDSEP destacou ainda que os problemas enfrentados pelos servidores são consequência de decisões administrativas inadequadas e não da ação judicial promovida pela categoria.
O impasse
O debate entre Prefeitura e Sindicato reflete a complexidade da gestão pública em situações de crise financeira. Enquanto o Executivo alega que as medidas adotadas foram necessárias para superar os desafios impostos pelo bloqueio judicial, o sindicato insiste que os atrasos nos pagamentos são fruto de uma priorização indevida de despesas por parte da administração municipal.
A situação segue sem solução definitiva, com médicos, servidores públicos e a população de São Rafael aguardando desdobramentos. O caso levanta discussões importantes sobre a transparência na gestão de recursos públicos e o papel do diálogo entre governo e categorias representativas em momentos de dificuldade.
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