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Saúde

Ivermectina será distribuída para grupos de risco pela SMS Natal

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Uma semana após anunciar o uso da ivermectina em seu novo protocolo médico no combate à covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal vai mapear pessoas inseridas nos grupos de risco para a doença nos bairros da capital para começar a aplicar o medicamento em usuários classificados com comorbidades. Profissionais de saúde também vão receber doses do fármaco. O trabalho de busca ativa começou nesta semana e a distribuição do remédio será a partir do dia 14 de junho. Inicialmente, 20 mil doses do remédio foram adquiridas pela SMS Natal. 

De acordo com a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Rayane Araújo, a busca ativa será um trabalho feito pelos agentes comunitários nos bairros de Natal, visando identificar os moradores da cidade com comorbidades e outras doenças associadas. O objetivo da pasta, segundo a gestora, é fazer com que os pacientes do grupo de risco, monitorados e identificados pela SMS, caso contraiam a doença, venham a ter quadros mais leves e não precisem de uma terapia intensiva.

“Com o novo protocolo que estamos implantando na atenção básica, os agentes de saúde estão fazendo a busca ativa desses usuários do grupo de risco para iniciarmos um tratamento profilático para que, caso venha a adquirir a doença, não ser agravado e ficar como um caso leve”, disse Rayane Araújo à TRIBUNA DO NORTE. 

Segundo ela, o trabalho por meio dos agentes comunitários de saúde funciona a partir do contato rotineiro com as famílias de áreas delimitadas nos bairros. “Os agentes possuem mapas e conhecem o perfil dos usuários de suas áreas. Ele tem como saber se aquele usuário naquela casa, por exemplo, se numa determinada casa tem paciente diabético, hipertenso”, relatou Rayane Araújo. A partir disso, a ideia é aplicar a ivermectina nesses grupos em toda Natal. 

O antiparasitário passou a ser adotado pela SMS Natal na semana passada, após publicação de protocolo médico no Diário Oficial do Município (DOM). O novo documento da pasta também prevê a possibilidade de administrar, nos tratamentos para a covid-19, a cloroquina, hidroxicloroquina e a azitromicina, que podem ser aplicadas nos pacientes de forma associada. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN), no seu protocolo, datado de 28 de maio, não recomenda o uso de nenhum desses medicamentos.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE repercutiu os novos protocolos da SMS Natal e da Sesap/RN na edição do último sábado, 6. O capítulo 11 do documento da SMS Natal, que trata da quimioprofilaxia para covid-19, cita que “estudos in vitro (laboratório) mostram que a ivermectina reduz a aplicação de RNA viral do SARS-COV-2. Considerando seu perfil de segurança farmacológico, larga experiência de uso clínico em outras doenças, custo e comodidade posológica, esse medicamento revela-se como uma opção a ser utilizada não somente para tratamento, como também para profilaxia, somada a outras intervenções não medicamentosas”. 

A proposta, portanto, descrita no protocolo, é de que o esquema profilático seja sugerido para profissionais de elevado risco de exposição (profissionais de saúde, de segurança, bombeiros) e para indivíduos com fatores de risco para desenvolverem a forma grave da covid-19.  A ivermectina não é indicada para nutrizes e gestantes.

O protocolo da SMS Natal também prevê o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina nos pacientes internados nas unidades de saúde da capital potiguar. “A decisão é 100% do médico. Ele não é obrigado a usar o protocolo. Assim também como o paciente tem também o direito de querer fazer o uso desses medicamentos”, informou George Antunes, na semana passada, acrescentando que um termo de consentimento por parte do usuário precisará ser assinado concordando que fará uso dos remédios.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN), não recomendou nenhum desses três medicamentos em seu mais recente protocolo, publicado no dia 28 de maio. “A prescrição de medicações com potencial antiviral (cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, por exemplo) para SARS-COV-2 ainda possui baixo respaldo científico. Estudos que avaliem o potencial benefício dessas drogas ainda estão em andamento. Deve-se evitar o uso de corticosteróides nessa fase de replicação viral”, detalha o documento.

Fonte: TRIBUNA DO NORTE

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