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COVID-19

Covid-19: RN supera número de mortes registrado em Wuhan, local de surgimento do coronavírus. Novo decreto está em discussão

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O Rio Grande do Norte superou o número de mortes por Covid-19 registrado na cidade de Wuhan, na China, local de surgimento do primeiro caso da doença. No último sábado 13, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) informou que o RN atingiu a marca de 3.880 óbitos causados pelo coronavírus, enquanto a capital da província de Hubei registra 3.869 mortes, segundo monitoramento da universidade Johns Hopkins.

A tendência é de que essa diferença siga aumentando. Até esta segunda-feira 15, o estado potiguar contabiliza 856 óbitos em investigação e uma média de 37 mortes por dia em março. Já na província de Hubei, onde está localizada Wuhan, o cenário é bem diferente: nenhuma morte por Covid-19 foi registrada desde abril do ano passado.

Com a transmissão controlada após um período restritivo rígido, a metrópole chinesa de 11 milhões de habitantes (população três vezes maior que a do RN) se aproxima da normalidade com bares, lojas, restaurantes e clubes abertos em um clima de maior tranquilidade. O primeiro caso de Covid-19 no mundo foi registrado em 1º de dezembro de 2019de acordo com artigo da revista científica The Lancet. O status de pandemia foi declarado em 11 de março pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em relação ao número de casos confirmados, as contaminações por Covid-19 em solo potiguar bateram a casa dos 180 mil, enquanto em Wuhan o número de casos estacionou em 50 mil há quase um ano. Os dados seguem alarmantes no RN mesmo após um ano de pandemia. Em entrevista coletiva na sexta-feira 12, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fizeram um balanço da atual situação do estado, onde destacaram a impossibilidade de novas flexibilizações e afirmaram que o RN deverá superar as 4 mil mortes ainda neste mês de março.

Sobre o atual cenário de alta de casos e mortes, o cientista da UFRN e membro da Sociedade Brasileira de Imunologia, Leonardo Lima, destaca que a vacinação em massa é o ponto central para reverter o quadro trágico do estado.

Recordes negativos

A pandemia de Covid-19 completou um ano no Rio Grande do Norte, na sexta 12, diante de um cenário de alta de mortes, falta de leitos, fila de pacientes, recorde de internações e maior média diária de novos casos da doença. Passados doze meses, março de 2021 tem a maior média diária de casos (1.450) e de mortes (37,6) por Covid-19 desde o surgimento do vírus no estado.

O Rio Grande do Norte também registrou, nesta segunda-feira 15, a inédita marca de 321 pessoas internadas em um leito crítico (UTI ou Semi-UTI). Outros 305 pacientes estão sob cuidados médicos em um leito de enfermaria. Além disso, 18 hospitais públicos estão operando com 100% da capacidade em todo estado, segundo acompanhamento da plataforma Regula RN. A taxa de ocupação de leitos críticos no estado está com 115 pessoas aguardando por tratamento em uma destas unidades de terapia intensiva e atinge 100% nas regiões Oeste e Seridó; em todo o RN ultrapassa 97%.

MEDIDAS MAIS DURAS

O secretário de saúde, Cipriano Maia, confirmou que o estado discute a elaboração de um novo decreto, que poderá ter regras mais duras para conter o avanço da pandemia da Covid-19.

Em entrevista ao Bom Dia RN ele afirmou que, na próxima quarta-feira (17), o último decreto publicado pelo Governo do Estado perde a validade e um novo deve ser editado. Segundo o secretário, atendando a uma recomendação do comitê científico, o novo documento deve ter novas medidas.

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