Policial
Ataque a escola em SP: Professora que morreu tinha 71 anos e lecionava ‘como propósito de vida’, diz filha
O ataque
Câmeras de segurança mostram que os ataques ocorreram dentro da sala de aula. Em vídeos registrado pelo circuito interno é possível ver o agressor atingindo uma das vítimas pelas costas.
Em outro registro, uma professora imobiliza o aluno para salvar uma das vítimas.
Inicialmente, a polícia havia informado que dois alunos tinham sido atingidos. Um deles, porém, foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos.
A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região. Segundo a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e ficou ferido superficialmente.
Uma das professoras foi levada para o Hospital das Clínicas e o outra para o Hospital Bandeirantes.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cumpre agenda fora do país, lamentou por meio das redes sociais “Não tenho palavras para expressar a minha tristeza”, escreveu ele.
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também lamentou o ataque. “Uma tragédia que nos deixa sem palavras”, disse.
Cenas fortes:
CASO DE RACISMO
Um aluno da escola relatou a repórteres que estão no local que o atentado estaria relacionado a um caso de racismo ocorrido na semana passada, que gerou uma briga entre o autor e outro estudante.
“Ele e o menino começaram a brigar porque ele chamou o menino de preto, macaco. O menino não gostou e partiu para cima dele. Ai a Bete, que é a professora separou. Hoje, esse menino que chamou o outro de macaco veio com uma e esfaqueou várias vezes”, contou o garoto em frente à escola.
AUTORIDADES SE PRONUNCIAM
Pelas redes sociais, o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) se manifestou sobre o caso.
“Não tenho palavras para expressar a minha tristeza com a notícia do ataque a alunos e professores da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia. O adolescente de 13 anos já foi apreendido e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares”, tuitou.
O secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Ariel de Castro Alves, também se manifestou.
“Em SP hoje, ocorreu mais um caso terrível e chocante de violência nas escolas! Toda nossa solidariedade às vítimas e seus familiares! O Brasil precisa urgentemente de uma educação para a Cultura de Paz, para a Cidadania e os Direitos Humanos”, tuitou.
Professora Elisabete Tenreiro
Elisabete Tenreiro, de 71 anos, professora da Escola Estadual Thomazia Montoro, morreu nesta segunda-feira (27) após ser esfaqueada por um aluno dentro da sala de aula. Outras três educadoras e um aluno ficaram feridos.
A educadora se aposentou como técnica do Instituto Adolfo Lutz em 2020, mas continuou dando aulas de ciências. Era professora desde 2015 e começou a atividade na escola Thomazia Montoro neste ano.
Segundo uma das filhas, ela tinha a educação como missão e era querida pelos alunos das escolas por onde passou.
“Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou.”
Elisabete teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Ela era professora de Ciências e atuava na unidade desde o começo do ano.
Em nota, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) lamentou a morte da professora “atacada pelas costas, na manhã desta segunda-feira (27), em uma escola de São Paulo. Aos 71 anos, Elizabeth estava dentro da sala de aula, defendendo a ciência, porque acreditava na transformação pela educação.
A violência que tirou a vida de Elizabeth precisa ser discutida em suas causas, para que possamos construir uma cultura de paz na sociedade e evitar crimes como este. Hoje é um dia de muita tristeza, especialmente para a família de Elizabeth, mas também para todos os cientistas e servidores que conviveram com ela, por décadas, no Instituto Adolfo Lutz, órgão do Estado responsável por análises laboratoriais e pelo diagnóstico de doenças”
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