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Rio Grande do Norte

RN tem o pior período de chuvas em cinco anos

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Com redução nas chuvas em 2021, 62% dos municípios do Rio Grande do Norte entraram na faixa de locais com clima muito seco ou seco, segundo análise pluviométrica da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn). No geral são 88 municípios, de todas as regiões, incluindo Natal, Mossoró e Parnamirim, classificados como clima “muito seco”; e 16 como “seco”.

Esse é o pior cenário desde 2016, quando o RN enfrentou crise hídrica em 150 dos 167 municípios. Somente 26 cidades potiguares registraram períodos chuvosos normais ou acima do esperado neste ano. Em todo o ano de 2020, apenas 10 cidades ficaram em situação de clima “muito seco”. A orientação das autoridades da área é otimizar o uso da água para evitar possíveis racionamentos.

De janeiro a julho deste ano, as chuvas ficaram 35,7% abaixo do esperado, conforme dados da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn. O volume médio acumulado de chuvas observado foi de 477,7 milímetros (mm), bem abaixo do aguardado para o período do ano: 761,4 mm.

O período acende o sinal de alerta de gestores dos 47 reservatórios com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos responsáveis pelo abastecimento da população. Isso porque o volume total armazenado equivale a menos da metade da capacidade máxima: 47,26% ou 2,1 bilhões metros cúbicos. A esta altura, no ano passado, a “caixa d’água” do Rio Grande do Norte, isto é, a soma de todo o recurso natural armazenado, era de 2,4 bilhões de metros cúbicos (55,55%).

Durante 2020, o volume médio registrado de chuvas foi de 910,1 mm.

De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), Auricélio Costa, em caso de novo período de inverno ruim em 2022, é possível que uma política de racionamento de água seja implementada. “Se o inverno do próximo ano não vier a contento, vamos começar a restringir o uso. Por enquanto não. Esse é o uso que a gente vem tendo normal”, destaca.

Ainda segundo o órgão, tanto o uso da água para consumo humano quanto o uso para irrigação, está dentro da margem de segurança até o fim de 2021. Ao todo, o consumo humano representa cerca de até 20% da destinação da água no RN. “Mais de 70% é para irrigação, então do ponto de vista de segurar o consumo, é a gente não expandir demais a área irrigada, a produção.

Com informações da Tribuna do Norte

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