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Presidente do SINDSEP chama servidores de “baixos”, “podres” em áudio vazado; ouça:

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Na manhã desta terça-feira dia 14 de janeiro, um episódio polêmico veio à tona em São Rafael, gerando repercussão entre servidores públicos e a imprensa. Áudios vazados mostram a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Francisca Cunha, direcionando ataques a trabalhadores e veículos de comunicação. As declarações revelam um comportamento que não apenas contraria os princípios básicos da representatividade sindical, mas também ameaça a liberdade de expressão e o direito à informação.

Entre as falas mais contundentes, Francisca Cunha ofendeu servidores que divulgaram informações sobre atrasos salariais e articulações do sindicato, chamando-os de “baixos”, “podres” e “sujos como Jarlino” — em referência ao jornalista. A presidente também ameaçou acabar canais internos de comunicação caso as informações continuassem sendo divulgadas.

Essa postura suscita uma reflexão profunda sobre o papel dos sindicatos enquanto entidades de defesa coletiva. Ao menosprezar trabalhadores e tentar censurar a imprensa, Francisca Cunha compromete a credibilidade da instituição, cujo objetivo deveria ser a promoção do diálogo, a transparência e a luta por direitos trabalhistas.

O contexto atual expõe fragilidades na condução da entidade. Servidores pressionam por respostas concretas diante de atrasos salariais e cobram uma postura mais ativa do sindicato junto à gestão municipal. No entanto, a presidente, em vez de assumir a responsabilidade, sugere que os trabalhadores busquem a justiça de forma individual — um processo que, segundo ela, pode levar até dez anos para resultar em pagamentos.

Outro ponto crítico do caso é a tentativa de censura. Ao ameaçar desfazer grupos de comunicação interna, Francisca Cunha demonstra desrespeito aos princípios democráticos que deveriam guiar a atuação sindical. A liberdade de expressão e o acesso à informação são pilares fundamentais para uma sociedade justa e para a atuação de entidades representativas.

Entidades como a Rádio Nossa FM e outros veículos locais desempenham um papel crucial ao dar voz aos trabalhadores e levar informações à população. Tentativas de intimidação não apenas ferem esses princípios, mas também fortalecem a desconfiança em relação à liderança sindical.

Especialistas em direito sindical destacam que líderes sindicais devem pautar suas ações pela ética, transparência e responsabilidade. Atitudes que envolvam ameaças, desrespeito ou censura colocam em risco a legitimidade das entidades e enfraquecem a luta coletiva.

No Rio Grande do Norte, outros sindicatos já se manifestaram em apoio à liberdade de expressão, repudiando qualquer prática que limite o acesso à informação ou ameace a imprensa. Esses posicionamentos reforçam a importância de uma liderança sindical que esteja comprometida com os valores democráticos.

Sindicatos devem ser espaços de diálogo, transparência e defesa dos interesses coletivos. Quando lideranças perdem de vista esses princípios, é a própria essência da representatividade que está em jogo. É urgente que atitudes como essas sejam reavaliadas, para que a confiança dos trabalhadores seja restabelecida e a credibilidade institucional preservada.

Em nota, a emissora repudiou a atitude da presidente e destacou sua capacidade de separar uma consulta pessoal dela da importante representatividade da instituição SINDSEP. A emissora reafirmou seu compromisso com a causa e permanece à disposição dos servidores na luta pelo pagamento de seus salários atrasados.

Veja a matéria divulgada pelo Instagran São Rafael Notícias:

https://www.instagram.com/p/DE0lYNdxMT4

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