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Acordo nos Bastidores: Como a Composição da Mesa Diretora da Câmara de São Rafael Foi Definida

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Na última sexta-feira (13/12), um acordo selado entre os vereadores Cícero Pinheiro, Elenilson Rodrigues, Fábio da Costa Vale (Fábio de Lulu), José Carlos Gonçalo, Divaldo Barros e Arthur Marinheiro garantiu a composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Rafael para o biênio 2025/2026. Cícero Pinheiro assumirá a presidência, Elenilson Rodrigues será o vice-presidente, Fábio de Lulu ficará com o cargo de primeiro secretário e José Carlos Gonçalo será o segundo secretário.

O que parecia ser uma decisão administrativa, na verdade, é o resultado de intensas negociações nos bastidores, que envolveram tanto os aliados do prefeito Reno Marinho quanto os do prefeito eleito, Canindé da Farmácia. O que estava em jogo não eram apenas os cargos na mesa diretora, mas uma verdadeira articulação política entre os grupos que se alternam entre oposição e situação, buscando garantir influência para o biênio seguinte.

Embora as conversas tenham sido descritas como um “diálogo em prol do bem comum”, o que se viu foi um pacto de sobrevivência política, onde interesses pessoais e de grupos locais prevaleceram sobre o desejo de renovação das práticas políticas. A estratégia de Cícero Pinheiro e seus aliados foi firmar alianças com membros do grupo de Elenilson Rodrigues e Fábio de Lulu, ampliando seu controle sobre a Câmara, enquanto ao mesmo tempo, tentavam equilibrar o poder com a oposição.

Nos bastidores, o acordo foi percebido como uma resposta à divisão de forças que se instalou após a eleição de Canindé da Farmácia. A ideia de que oposição e situação não precisavam ser inimigas foi, então, materializada em uma série de reuniões secretas, onde as trocas de favores e compromissos de apoio mútuo se misturaram a promessas de cargos e outras concessões.

Essa movimentação estratégica reflete a natureza pragmática da política local, onde o que se define nas reuniões fechadas acaba por ser mais importante que o discurso público. A divisão entre os grupos, que inicialmente parecia irreconciliável, foi suavizada por meio do entendimento de que os interesses comuns de manutenção de poder e controle seriam mais fortes que qualquer diferença partidária ou ideológica.

E, enquanto o grande público sequer soube o que estava sendo discutido entre os vereadores, os bastidores estavam fervendo com reuniões, telefonemas e acordos para garantir que ninguém ficasse sem sua parte no jogo de poder. De um lado, os aliados de Reno Marinho sabiam que precisavam garantir cargos chave para manter sua influência, enquanto o grupo de Canindé da Farmácia sabia que, mesmo com a vitória nas urnas, precisaria contar com o apoio de setores do Legislativo para fortalecer seu governo.

O desfecho desse acordo não é apenas uma aliança política, mas a reafirmação de um sistema de governança baseado em negociações e concessões. É um jogo de interesses que, nos bastidores, vai moldando a política local para os próximos anos. No final das contas, o que mais se destaca nessa composição é o protagonismo dos políticos nos bastidores, onde os acordos não são feitos apenas entre grupos, mas entre estratégias, poder e, é claro, o controle da máquina pública.

Enquanto isso, o público observa à distância, muitas vezes sem saber o real impacto dessas negociações, mas ciente de que a política local continuará a ser conduzida por aqueles que dominam a arte dos bastidores.

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