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Escândalo das apostas: MP de Goiás comprova depósito na conta de jogador do ABC/RN, Thonny Anderson
Em sua segunda fase, a Operação “Penalidade Máxima”, do Ministério Público de Goiás, apontou que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas para gerarem o lucro de apostadores em sites do ramo.
De acordo com a investigação, jogadores cooptados assumiam a missão de, por exemplo, cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida – normalmente uma derrota de sua equipe.
E hoje a coisa desenrolou de vez. Infelizmente, o que ontem era apenas citação, hoje é fato com demonstração de comprovação no escândalo das apostas e no que se refere ao meia Thonny Anderson, recém-contratado.
A notícia, certamente, complica e torna ainda mais tenso o clima entre os jogadores do ABC, justamento após o time ter perdido para o maior rival, completando, entre Copa do Brasil, Série B e Estadual, nada menos que oito jogos sem vencer.
Veja o que foi divulgado em reportagem da Rádio Itatiaia:
- “Thonny Anderson é mais um jogador citado nas conversas obtidas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) no âmbito da investigação da Operação Penalidade Máxima. O meia do ABC de Natal, revelado pelo Cruzeiro e com passagens por Grêmio, Athletico e Coritiba, foi apontado pelo chefe do esquema, Bruno Lopez, como um dos intermediários no arranjo dos apostadores.
- A investigação do MP obteve um comprovante financeiro em nome do jogador no valor de R$ 30 mil. Nos documentos colhidos pelo órgão, Thonny tem o nome citado por Bruno Lopez. O chefe da quadrilha de apostadores indica por meio de mensagens que o jogador foi um intermediário para trazer outro atleta: Jesus Trindade. Ambos defendiam o Coritiba em 2022, época investigada.”
MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS
Conforme foi apurado p, existem informações que lançam uma nuvem de desconfiança sobre o Campeonato Potiguar de 2021, que teve o Globo FC como campeão. A suspeita está relacionada à “estranha” parceria do time de Ceará-Mirim com uma empresa do Acre que teria tido influência direta na contratação de jogadores e, também, na suspeita de manipulação de resultados.
Há suspeitas, também, de que esse esquema tenha influenciado em decisões, não só na contratação de jogadores, mas também na rescisão de alguns contratos, inclusive, do treinador da época, Renatinho Potiguar – que teve uma saída considerada “inexplicável” na época. Renatinho pediu demissão em meio a uma série de resultados positivos com o grupo.
Um ponto alto dessa situação foi o vídeo vazado de um momento de possível interferência do presidente de honra, Marconi Barreto, no vestiário, em um episódio que gerou desconfiança de jornalistas e, inclusive, de órgãos de investigação, como Polícia Civil e Ministério Público do RN.
Por Edmo Sinedino
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