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Justiça

Ex-militar preso pela PF em investigações do cartão de vacina já foi detido em Natal por tentativa de abuso sexual

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O ex-militar do Exército e advogado Ailton Barros foi preso em uma operação da Polícia Federal que apura um esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Barros, teve quase 7 mil votos em 2022. No entanto, esse não é o único episódio polêmico envolvendo o ex-militar.

De acordo com documentos do Superior Tribunal Militar (STM), Ailton Barros possui um longo histórico de transgressões que levaram à sua expulsão da Força em 2006. Ele foi preso pelo menos sete vezes desde 1997 até ser expulso. O primeiro caso aconteceu quando servia em Natal. O ex-militar foi preso por oito dias por tentativa de abuso sexual de uma senhorita na área de um acampamento militar.

A decisão que o afastou da Força cita diversos episódios que fizeram o militar alvo de procedimentos internos e que eram recorrentes práticas de “humilhação aos seus subalternos”. Em 2006, o nome de Ailton apareceu em reportagens dos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e da revista Carta Capital que reportaram envolvimento dele em um suposto acordo do Exército para recuperar armas que haviam sido desviadas da Força e foram parar nas mãos de traficantes do Rio de Janeiro.

O ex-militar era descrito pelo STM como um “oficial que reiteradamente pratica atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe, por isso, incompatível com o oficialato”. Com essas transgressões em seu histórico, fica a questão de como Ailton Barros conseguiu se candidatar a deputado federal e receber quase 7 mil votos nas eleições de 2022.

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